Plantas Endémicas

  

Til

 

Nome vulgar: Til.

Nome científico: Ocotea foetens (Aiton) Baill.

Família: Lauraceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia e importante componente da Laurissilva, encontrando-se em profundos vales e encostas abrigadas no interior da Ilha. Ocorre em altitudes compreendidas entre os 600 e os 1500 m. O til pode ser observado na Ribeira da Janela, na Fajã da Nogueira, na Serra de Água e em Santana.

Descrição: Pode atingir 30 m de altura e diâmetros de tronco de tamanhos impressionantes, possui copa densa que pode ser de redonda a piramidal. Folhas brilhantes e frutos que se assemelham a pequenas bolotas.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: A madeira desta árvore quando adulta, é de excepcional qualidade, .heiro

 

  

Azevinho 

 

Nome vulgar: Azevinho ou Azevim.

Nome científico: Ilex canariensis Poir. (1813)

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Cornales

Família: Aquifoliaceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia, vive na Laurissilva entre os 300 e os 880 m de altitude, preferencialmente na zona central e na encosta norte da Madeira. O azevinho pode ser observado na Serra de Água e na Penha de Águia, no Porto da Cruz.

Descrição: Árvore que atinge 6,5 m de altura, de casca acinzentada, com folhas verde escuro na face superior e verde pálido na face inferior. Possui flores brancas ou tingidas de purpúrea e frutos vermelho escuro, esféricos ou oblongos.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie pouco abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: Época de floração de Abril a Junho. Frutifica de Outubro a Dezembro.

 

 

 

Barba-de-velho

 

Nome vulgar: Barba-de-velho.

Nome científico: Usnea sp.                   

          Parmeliaceae

Distribuição e Habitat: Abundantes na Laurissilva, mas não exclusivos desta floresta. Estes líquenes podem ser observados no Paúl da Serra, no Poiso e no Ribeiro Frio.

Descrição: Líquenes formados por longos filamentos, pendentes das árvores.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Abundantes, não ameaçados.

Observações: Servem de indicadores do bom estado do ecossistema.

 

 

  

Barbusano

 

Nome vulgar: Barbusano.

Nome científico: Apollonias barbujana (Cav.) Bornm. subsp. barbujana

Família: Lauraceae

Distribuição e Habitat: Subespécie endémica da Macaronésia. Ocorre na Laurissilva, acima dos 1000 m. Pode ser observado em Santana, no Porto da Cruz e na Tabúa, no Sítio do Barbusano.

Descrição: Atinge 25 m de altura, possui copa densa e redonda, folhas verde escuro, com margens revolutas e, de um modo geral, providas de galhas que são originadas por um insecto específico. Os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

 

  

Ensaião

 

Nome vulgar: Ensaião.

Nome científico: Aeonium glandulosum (Ait.) Webb et Berth.

Família: Crassulaceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, que se encontra a altitudes que variam entre os 0 e os 700 m, em escarpas rochosas do litoral e na Laurissilva. Ocorre ainda no Porto Santo e nas Desertas. Os ensaiões podem ser observados por toda a parte. Na Madeira, podemos vê-los crescer sobre rochas na Tabúa.

Descrição: Herbácea aromática, sem caule, de folhas suculentas com margens tingidas de vermelho-acastanhado, dispostas em roseta, que pode atingir 45 cm de diâmetro. Flores amarelas e em grande número.

 

 

  

Erva de coelho

 

 

Nome vulgar: Erva de coelho.

Nome científico: Pericallis aurita (LHer) B. Nord.

Família: Asteraceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, que vive na Laurissilva e em escarpas rochosas no interior da ilha, acima dos 1000 m de altitude. Pode ocorrer, embora com menos frequência, no Porto Santo. Na Madeira, esta espécie pode ser observada no Curral das Freiras.

Descrição: Pequeno arbusto que pode atingir 1,5 m de altura, de caules ramificados, folhas ovais e flores purpúreas e brilhantes.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, não ameaçada. Época de floração de Maio a Julho.

 

  

Feto

Nome vulgar: Feto.

Nome científico: Dryopteris maderensis Alston

Família: Dryopteridaceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, comum na Laurissilva, na encosta norte, a altitudes superiores a 550 m. Pode ser observado nas zonas húmidas do Porto da Cruz e no Ribeiro Bonito, em Santana.

Descrição: Feto com folhas verdes que atingem os 90 cm de comprimento.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

 

 

 

  

Feto-do-Botão

 

Nome vulgar: Feto-do-botão ou do pontinho.

Nome científico: Woodwardia radicans (L.) Sm.

Família: Blechnaceae

Distribuição e Habitat: Espécie frequente em lugares sombrios e na floresta da Madeira, crescendo junto a cursos de água. Comum em toda a ilha, pode ser observado no Santo da Serra, no Porto da Cruz e na Fajã da Nogueira.

Descrição: Feto de folhas brancas, que se tornam bem evidentes pelo seu tamanho e extensão (atingem os 3 metros).

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, não ameaçada.

 

 

 

 

Figueira do Inferno

 

Nome vulgar: Figueira do Inferno.

Nome científico: Euphorbia mellifera Aiton

Família: Euphorbiaceae

Distribuição e Habitat: Endémica da Macaronésia, característica da Laurissilva da Madeira, crescendo em lugares húmidos e ravinas abrigadas, principalmente entre os 400 e os 1100 m. Esta espécie pode ser observada em alguns locais da Tabúa, do Paúl do Mar e de Santana.

Descrição: Arbusto ou pequena árvore que pode atingir os 8 m de altura, de caule cinzento e macio, com inflorescências mais ricas em flores (vermelhas) que em frutos.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva. Época de floração de De Fevereiro a Julho.

 

 

 

Folhado

Nome vulgar: Folhado.

Nome científico: Clethra arborea Aiton

Família: Clethraceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia, um dos principais componentes da Laurissilva, abundante nas regiões altas da Madeira (acima dos 600 m). Exemplares desta espécie podem ser observados na Ribeira da Janela e no Folhadal, situado entre a Encumeada e as Feiteiras em São Vicente.

Descrição: Árvore ou arbusto que pode atingir 8 m de altura, com casca castanha ou acinzentada, folhas verde pálido e numerosas flores brancas aromáticas.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie bastante abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: A sua folhagem é muito utilizada na alimentação do gado bovino. Época de floração de Agosto a Outubro.

 

  

Gerânio

Nome vulgar: Gerânio ou Pássaras.

Nome científico: Geranium palmatum Cav.

Família: Geraniaceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que vive em zonas sombrias e húmidas da Laurissilva, entre os 700 e os 1000 m de altitude. Os gerânios podem ser observados nas Ginjas em São Vicente e entre o Ribeiro Frio e a Portela.

Descrição: Herbácea que pode atingir 1 m de altura, de caule curto e folhas recortadas e verde brilhante. Flores reunidas em inflorescências, com pétalas rosadas.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: Na costa norte, esta planta pode encontrar-se até quase junto ao mar. Época de floração de Março a Dezembro.

 

 

 

Isoplexis

 

 

Nome vulgar: Isoplexis

Nome científico: Isoplexis sceptrum (L. fil.) Loudon

Família: Scrophulariaceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira que vive em ravinas e escarpas da Laurissilva, dos 600 aos 1000 m de altitude. Pode ser observado em alguns locais entre o Ribeiro Frio e a Portela.

Descrição: Arbusto que pode atingir 4 m de altura, de caule ramificado, folhas grandes e serradas e inflorescências densas com flores laranja-amareladas.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Planta rara, em bom estado de conservação e ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: Pode cultivar-se em locais húmidos e sombrios; a época de floração é de Junho a Agosto.

 

 

 

Loureiro

 

Nome vulgar: Loureiro.

Nome científico: Laurus azorica (Seub.) Franco

Família: Lauraceae

Distribuição e Habitat: Árvore dominante da Laurissilva, com grande versatibilidade de habitats, ocorrendo desde os 200 m até acima dos 1200 m. Muito comuns em toda a ilha, podem ser observados na Ribeira da Janela, na Calheta e em São Vicente.

Descrição: Pode atingir 20 m de altura, possui copa densa, folhas verde escuras, com brilho e de forma variável, os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras e as suas flores são amarelas. Por vezes, nos troncos dos loureiros adultos, desenvolve-se um fungo exclusivo de forma característica, conhecido por madre-de-louro.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie muito abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: O seu fruto serve de alimento ao endémico Pombo Trocaz que habita a Laurissilva. As populações locais do norte da Madeira utilizam-no no fabrico do azeite de louro que dizem possuir propriedades farmacêuticas. Época de Fevereiro a Abril.

 

 

 

Vinhático

 

Nome vulgar: Vinhático.

Nome científico: Persea indica (L.) Spreng

Família: Lauraceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Encontra-se em vales profundos e húmidos, abrigados no interior da Laurissilva entre os 400 e os 1300 m. Exemplares desta espécie podem ser observados na Ribeira da Janela, na Fajã da Nogueira e na Calheta.

Descrição: Pode atingir 25 m de altura, de copa redonda, folhas verde pálido com pecíolos avermelhados, que se tornam também avermelhadas à medida que envelhecem, os frutos são bagas verdes que se tornam pretas quando maduras.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: Em tempos, a madeira do vinhático foi largamente exportada para a Inglaterra onde ficou conhecida como mogno da Madeira. Época de floração de Junho a Novembro.

 

 

Uveira da Serra

 

 Nome vulgar: Uveira da serra.

Nome científico: Vaccinium padifolium Sm.

Familia: Ericaceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Madeira, que vive na Laurissilva e em locais expostos entre os 800 e os 1700 m de altitude. Esta espécie pode ser observada no Porto da Cruz, no Poço da Neve e na Levada do Barreiro.

Descrição: Arbusto ou pequena árvore que pode atingir 6 m de altura, com muitos ramos que, quando novos são geralmente avermelhados. As folhas são longas e serrilhadas, as flores apresentam-se brancas manchadas de vermelho e os frutos são bagas que, quando maduros, são preto-azulados.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: Os seus frutos são comestíveis e utilizados no fabrico de compotas. Época de floração de Maio a Agosto.

 

 

Seixeiro

 

Nome vulgar: Seixeiro, Seisseiro ou Seixo.

Nome científico: Salix canariensis C. Sm. ex Link

Família: Saliaceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Encontra-se na Laurissilva, em  zonas húmidas, nomeadamente, nas margens dos ribeiros. Podem ser observados na Serra de Água, no vale da Ribeira da Ponta de Sol, na Calheta e no Paúl do Mar.

Descrição: Pode atingir até 7 m de altura, folhas geralmente mais compridas que largas, verdes e tenras e flores dispostas em hastes com 6 cm de comprimento.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

 

 

Pau - Branco

 

Nome vulgar: Pau-branco.

Nome científico: Picconia excelsa (Aiton) DC.

Família: Oleaceae

Distribuição e Habitat: Espécie endémica da Macaronésia. Ocorre na Laurissilva na região central e a norte da Madeira, muitas vezes em ravinas e escarpas. Exemplares de pau-branco podem ser observados na Serra de Água e no Ribeiro Bonito, em Santana.

Descrição: Chega a  atingir 15 m de altura, possui casca pálida e posição das folhas, caracteristicamente, oposta e alternada aos pares.

Estatuto de Conservação e Ameaças: Espécie pouco abundante, ao abrigo dos estatutos atribuídos à floresta Laurissilva.

Observações: A sua madeira é extremamente rija e foi em tempos utilizada na construção de fusos de lagar.